segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Hoje não queria estar fechada dentro de quatro paredes. Sinto aquela necessidade íntima de viajar comigo própria. Conhecer locais onde nunca estive e absorver cada recanto das mais estreitas ruas por onde possa passar. Queria subir aos monumentos mais altos e sentir-me ainda maior e com mais história do que eles. Acho que o problema tem sido mesmo esse. O coração é tão grande, grande demais, para tão pouca história. Por isso, tenho de viver. E viver é lançar-me de uma ponte. É ir à Lua. É ir à luta. Por mim, não por ti, quero ir até ao fim do mundo. E vais ver-me lá chegar. Minúscula pela distância. Um minúsculo tão grande, que preencherá todo o meu coração e o sufocará de vida.

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"Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo."