quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
recordações - 8
Saudades tuas? Não, nem por isso. Se há algo que aprendi, é que não vale a pena esperar por quem não merece. Ficar a sofrer por quem não sofre por nós? Amar quem nem sequer nos sorri? Tenho mais que fazer!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Deixámos que o tempo se arrastasse sem que fizéssemos nada por nós. Agora, sofro as consequências da culpa que carrego por não ter lutado por ti. Não é justo. Um passo em falso ou depois do tempo e nada, mesmo nada, voltará a ser como era. Não posso dizer que sinta falta de ti, porque sei que estás sempre lá quando precisar, mas sim do que fomos em tempos, juntos. Eu aqui, tu não sei bem onde. Eu a escrever para ti, tu a escrever sei eu bem para quem. Não consigo mais, não suporto esta dor. Saber que o meu lugar em ti foi ocupado por outra pessoa, apenas por uma estúpida discussão que mudou tudo, completamente tudo! Desculpa não ter lutado, mas naquela altura senti que tu também não o querias fazer por nós. E um só a lutar não faz sentido. Não para mim.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Sabes quando uma pessoa te conhece apenas pelo olhar? E quando uma pessoa está sempre lá quando o mundo parece desmoronar-se? Ou quando a felicidade transborda e é preciso partilhá-la com alguém? Só conheço uma pessoa capaz de tudo isso. Pronta a abraçar-me como se fosse a última vez, mesmo sabendo que a nossa amizade é para sempre. Pronta para rir ou chorar ao meu lado. Muitos anos já se passaram, mas muitos mais ainda estarão para vir. És para sempre. Sempre.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Por ti mudei. Afastei os medos, deixei que me amassem do mesmo jeito que eu também amei. Envolvi o mundo nos meus braços e beijei a vida. Voltei a sentir-me viva porque simplesmente te tinha a meu lado. Agora, a cada manhã, volto a sentir a mesma sensação de felicidade, porque sei que olharei para o lado e tu continuarás lá.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Eu não queria que partisses. Não queria ficar sem o teu abraço e já sinto o teu cheiro a desvanecer no ar. Não queria uma vida inteira sem ti, sem os teus beijos e os teus carinhos. Queria mais longas conversas, gargalhadas e olhares cúmplices. Rosas e afectos.
Voltei a ser metade novamente. Eu não queria, mas é tudo melhor sem ti. Já nada disto me fazia feliz, tu já não me fazias feliz, porque deixaste de ser a pessoa por quem me apaixonei um dia.
domingo, 17 de abril de 2011
Lembro-me da escuridão dos meus dias, há poucos anos atrás. Custa relembrar o porquê, apenas pelo simples facto de nem eu saber, depois de tanto tempo.
Nada me fazia feliz, nada me fazia sorrir ou rir. Afastei-me dos meus amigos e sobretudo de mim própria. Já não me reconhecia. Tudo me irritava, e até o vento me fazia chorar. Sim, lembro-me de chorar todos os dias, sem excepção, por tudo e por nada. As noites, passava-as em branco, entre lençóis e lágrimas. Ninguém me compreendia, tudo estava contra mim e a mim só me restava desaparecer.
Felizmente, fui forte o suficiente para sair da depressão que me consumiu durante meses. Fui capaz de ultrapassar tudo e sorri de novo. E se eu consegui, tu também conseguirás.
sábado, 16 de abril de 2011
Queria fechar os olhos e por um momento sentir que o mundo é só meu. Poder estar em todo o lado, ao mesmo tempo. Ser eu, sem injustiças, sem preconceitos, sem maldade. Ser eu, rodeada de paz. Sim, paz, é tudo o que preciso neste momento. Está tudo tão confuso. Sentimentos espalhados como roupa pelo chão. Preciso organizar as minhas ideias, para não dar um passo em falso.
Onde há fumo, há fogo. Posso queimar-me por arriscar demasiado, por isso nem tento. No entanto, isso faz-me sentir uma inútil fraca, que parece não ter a ambição de lutar por aquilo que mais quer, por aquilo que mais ama. Mas para quê lutar por algo, por alguém, que não me quer da mesma maneira? Que simplesmente não me ama? Fico confusa, triste, com raiva de tudo e de todos. E é assim que me sinto hoje.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Tenho medo de te perder, mesmo sem nunca teres sido realmente meu. Não quero que vás, porque ires significa não regressares. Sei bem que não te posso prender realmente a mim, mas no pensamento permanecerás eterno. E isso assusta-me. Ficar presa de uma forma tão diferente, apaixonante e angustiante. Quase me sufoca só de pensar no vazio tão grande que vai ficar em mim, para sempre. Nunca mais poderei ser de alguém. Porque esse alguém está de partida. E eu assisto. Sem poder fazer mais nada.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Ao lado da cama onde se encontrava sentada, o pequeno candeeiro de luz fraca em cima da mesinha de cabeceira era a sua única esperança. A luz fraca era o seu coração, que apesar de ferido ainda batia. Não sabia o que pensar. Não conseguia sequer, pois a sua mente era agora um emaranhado de pensamentos vazios. Abriu a primeira gaveta e do meio de alguns pedaços de papel escritos, cartas abertas e por abrir, retirou um cigarro e um isqueiro perdidos naquela confusão de palavras e sentimentos. Assim que acendeu o cigarro e deitou cá para fora uma nuvem cinzenta de fumo, sentiu o coração querer vir atrás. Nisto, a porta do quarto entreaberta moveu-se lentamente. Alice acabara de entrar. Como sempre, sentiu que algo de estranho se passava. Subiu num salto para a cama alta e no instante seguinte já se estava a aninhar ao colo da sua protegida. Alice era a sua gata de estimação. Ela sabia e estava sempre presente quando era preciso confortá-la, quando mais ninguém o fazia. Porém, já nem a sua pequena bola de pêlo a fazia sorrir.
Continuou num esforço bruto a tentar decifrar o monte de vazio que pairava sobre a sua cabeça. Não era suposto a vida desabar mesmo à sua frente, mesmo aos seus pés.
Lembrou-se então do que antes lhe haviam dito, por outras palavras: a causa de tudo o que estava a sentir naquele momento chamava-se destino. O vazio era o destino. O destino que já estaria esperando por ela. Contudo, ela própria não acreditava. “Do destino fazem parte as escolhas que fazemos. Ele fez as suas. O destino de que me falara foi apenas uma desculpa para a sua cobardia”, pensou.
Apagou o cigarro, levantou-se levando Alice ao colo e saiu daquele quarto. Foi procurar a felicidade que um cobarde lhe roubou.
terça-feira, 12 de abril de 2011
"Eu e tu" num só "nós" é já uma imagem passada. Não importa mais aquilo que senti, ou pelo menos, já não dou tanto valor ao ser que és. E porquê? Simplesmente aconteceu. Assim como aterraste no meu coração também levantaste voo e, na verdade, não me importei. Está bem, ao princípio sim, mas depois? Nem imaginas a falta que não me fazes. Nunca pensei viver sem ti, mas agora que o faço, sou bem mais feliz do que no passado.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
O jardim encontrava-se repleto de vida naquele dia caloroso de Verão. Os bancos de madeira voltados para o rio eram o elemento mais requisitado. Os senhores iam lendo o jornal do dia, enquanto suas esposas observavam a natureza em seu redor, os casais de namorados, sempre tão cúmplices, trocavam carícias naquele cenário romântico e as mães sorridentes, olhavam os seus filhos que brincavam na relva verdejante do jardim.
Na ponte que atravessava o rio, um rapaz bem-parecido parecia estar impaciente, como se esperasse alguém. Quando ao fim de algum tempo olhou para o relógio preto que trazia no pulso esquerdo, notei de imediato algo belo. A sua mão esquerda segurava uma rosa branca. Era de facto muito bonita. De repente, e em passos inquietantes, voltou a caminhar pela ponte, para lá e para cá. Pude notar nervosismo no seu rosto.
Aproximou-se da margem da ponte e olhou o seu reflexo nas águas calmas. Desta vez, senti tristeza e angústia. Porém, a minha atenção foi captada por um outro rosto. Uma jovem de cabelos longos pisou a ponte e começou a correr em direcção ao rapaz. Este ergueu a sua cabeça e um sorriso rasgado surgiu em seu rosto.
Os dois jovens olharam-se durante algum tempo, até que o rapaz estendeu a sua mão e entregou a bela rosa branca à jovem. Os rostos aproximaram-se e ambos se entregaram à liberdade do amor.
A viagem começa agora, e não mais terminará. Percorrerás longos caminhos, ultrapassarás grandes obstáculos. Farás novas amizades, nunca esquecendo quem deixaste para trás quando partiste. Alimentarás o teu corpo e matarás a tua sede com recordações. Matarás a saudade com amor.
Irás olhar vezes sem conta para trás e perceberás que tudo o que já alcançaste foi por ti mesma. Outras tantas vezes, irás levantar a cabeça e olhar o horizonte. Porém, não o conseguirás ver em alguns momentos, por estar tudo demasiado desfocado à tua volta. Vais sentir-te perdida, mas continuarás o caminho.
Chegará o momento mais difícil, e terás de escalar a parede da sobrevivência. As rochas vão escapar-te da mão e deslizarás em direcção às profundezas. Porém, continuarás firme e as mãos já ensanguentadas conseguirão suportar o peso da alma. Recuperarás a distância perdida e chegarás ao topo.
A brisa suave irá atravessar os teus longos cabelos, e tornar-te-ás livre pois tocaste o horizonte. Depois, seguirás o teu destino.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
É suposto amar alguém que nos faz sentir como se fossemos o centro do mundo. Não, como se fossemos o mundo! Não é suposto amar alguém que por muito que nos esforcemos para agradar, a única coisa que recebemos em troca é um sorriso frio, sem sentimento algum. Não, o problema não é o sorriso. É o acto de esforçar. No amor não há esforços. Há amor, e nada mais. Apenas somos aquilo em que o amor nos transforma, em algo belo e caloroso. Algo que só o outro alguém consegue sentir. Quando amamos, amor somos também. Se somos amor, o nosso coração igualmente o é. E amor não tem gosto, não vê, não cheira, não ouve, mas sente. Esforçarmo-nos para agradar alguém que não sente, é amarmos alguém que não é amor. É amarmos alguém que não é o nosso amor.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Sete da tarde, o céu já a querer escurecer. Mais uma vez lá estava eu na estação de comboios, empolgada pelo teu regresso. Já há uns bons anos que parte da minha rotina tem sido esta. Mas lá continuava eu, cega de ilusões e sonhos de uma vida cor-de-rosa ao teu lado. Só faltavas tu para que tudo voltasse a ser como era dantes.
E não importa o tempo que me fizeste esperar por ti, por mais impaciente que seja esta espera. Tudo o que não vivemos juntos iria em pouco tempo estar envolto em meus braços.
O último comboio do dia chegou. Centenas de rostos passaram pelos meus olhos, outros tantos pareceram-me o teu, mas mais uma vez tu não voltaste.
Regresso a casa. Amanhã esperarei por ti, novamente.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
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